SÃO PAULO - A BHP Billiton, um dos grandes nomes no setor de mineração mundial, afirmou que vai investir US$ 7,4 bilhões adicionais para capturar a capacidade de minério de ferro na oeste australiano. Diante disso e considerando que a intensidade de capital tem se fortalecido no setor, o BTG Pactual abriu o debate: Qual é o incentivo de preço necessário para sustentar esse projeto?
Para Edmo Chagas, Antonio Heluany e Humberto Meireles, analistas do banco, o principal risco para este cenário continua a ser o de execução. A crise de 2008 permanece pressionando, embora já seja nítida a aceleração da recuperação global.
De acordo com a própria BHP, grande parte da capacidade prevista entre 2008 e 2010 não foi entregue conforme o esperado e para o banco deinvestimentos, um dos motivos para isso é o aumento inesperado das importações da commodity por parte da China, o que estreitou ainda mais esse mercado. Analisando os projetos futuros, a expectativa é que a oferta volte a encontrar uma demanda mais aquecida, com riscos desacelerando.
Projeções
O investimento da BHP e, consequentemente das demais empresas nesse setor, está pautado na premissa de que os preços da commodity continuarão elevados no longo prazo. Respondendo à pergunta do primeiro parágrafo, o banco sugere que o preço deveria ser de US$ 65/tonelada para gerar um retorno de 15% sobre um investimento de US$ 185/tonelada, considerando a alavancagem da empresa e assumindo custo de operação e de manutenção de US$ 32/tonelada e US$ 5/tonelada, respectivamente.
O problema aqui é que os preços não vão permanecer em um patamar elevado para sempre, segundo as perspectivas do BTG Pactual. Os analistas afirmam que a alta dos preços continuará forte até 2013, quando então devem cair, sobretudo em resposta à oferta excessiva da commodity.
Chagas, Heluany e Meireles ainda destacam que no longo prazo os preços devem chegar a um patamar bem inferior ao que é praticado atualmente.
Vale é a preferida
Considerando o cenário exposto, o banco elege a Vale (VALE3, VALE5) como a preferida no setor de mineração, uma vez que o preço de seus ADRs (American Depositary Receipt), negociadas na Bolsa de Nova York sob o código VALE, estão voltando a um "ponto de entrada interessante". A equipe inclusive sugere um aumento de exposição à medida que o preço ficar mais próximo da faixa de US$ 27,00 a US$ 30,00.
Os analistas também ressaltam suas expectativas positivas para os próximos resultados da empresa, nos dois primeiros trimestres do ano, impulsionados por esse bom momento do preço do minério de ferro. Adicionalmente, os riscos associados a uma possível interferência política, como mudanças na presidência e nos royalties, e a um baixo crescimento global já começam a ser descontados nos ativos da mineradora.
"Os níveis de valuation permanecem atrativos, embora eles reflitam condições de picos de ganhos", avalia o banco.
InfoMoney
Para Edmo Chagas, Antonio Heluany e Humberto Meireles, analistas do banco, o principal risco para este cenário continua a ser o de execução. A crise de 2008 permanece pressionando, embora já seja nítida a aceleração da recuperação global.
De acordo com a própria BHP, grande parte da capacidade prevista entre 2008 e 2010 não foi entregue conforme o esperado e para o banco deinvestimentos, um dos motivos para isso é o aumento inesperado das importações da commodity por parte da China, o que estreitou ainda mais esse mercado. Analisando os projetos futuros, a expectativa é que a oferta volte a encontrar uma demanda mais aquecida, com riscos desacelerando.
Projeções
O investimento da BHP e, consequentemente das demais empresas nesse setor, está pautado na premissa de que os preços da commodity continuarão elevados no longo prazo. Respondendo à pergunta do primeiro parágrafo, o banco sugere que o preço deveria ser de US$ 65/tonelada para gerar um retorno de 15% sobre um investimento de US$ 185/tonelada, considerando a alavancagem da empresa e assumindo custo de operação e de manutenção de US$ 32/tonelada e US$ 5/tonelada, respectivamente.
O problema aqui é que os preços não vão permanecer em um patamar elevado para sempre, segundo as perspectivas do BTG Pactual. Os analistas afirmam que a alta dos preços continuará forte até 2013, quando então devem cair, sobretudo em resposta à oferta excessiva da commodity.
Chagas, Heluany e Meireles ainda destacam que no longo prazo os preços devem chegar a um patamar bem inferior ao que é praticado atualmente.
Vale é a preferida
Considerando o cenário exposto, o banco elege a Vale (VALE3, VALE5) como a preferida no setor de mineração, uma vez que o preço de seus ADRs (American Depositary Receipt), negociadas na Bolsa de Nova York sob o código VALE, estão voltando a um "ponto de entrada interessante". A equipe inclusive sugere um aumento de exposição à medida que o preço ficar mais próximo da faixa de US$ 27,00 a US$ 30,00.
Os analistas também ressaltam suas expectativas positivas para os próximos resultados da empresa, nos dois primeiros trimestres do ano, impulsionados por esse bom momento do preço do minério de ferro. Adicionalmente, os riscos associados a uma possível interferência política, como mudanças na presidência e nos royalties, e a um baixo crescimento global já começam a ser descontados nos ativos da mineradora.
"Os níveis de valuation permanecem atrativos, embora eles reflitam condições de picos de ganhos", avalia o banco.
InfoMoney
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