terça-feira, 5 de abril de 2011

Os 10 principais erros cometidos pelo investidor em ações

Todos gostam de se orgulhar dos acertos, mas e dos erros? Alguém fala sobre isso ou reflete sobre eles para melhorar como investidor? Confira os erros mais comuns, para poder evitá-los.

Quem começa a operar no mercado de ações costuma cometer certos erros constantemente. Explicados principalmente pela psicologia, esses erros precisam ser identificados e controlados, para que, após evitá-los, se consiga resultados positivos e constantes.

Os principais erros são:
 

1) Pressa nas operações: muitos investidores aplicam todo o capital em ações e acabam pagando o pedágio do aprendizado, com as perdas iniciais. Existem simuladores que proporcionam experiência ao investidor sem tais perdas iniciais. Em seguida, é recomendável um aumento gradual da exposição em ações.
 

2) Falta de humildade: o operador lê dois livros de análise gráfica e acha que já sabe tudo.
 

3) Excesso de otimismo: considera que, com toda a certeza, a operação será lucrativa.
 

4) Falta de disciplina: contagiado pelo excesso de otimismo e vencido pelo fator emocional o investidor não utiliza o "stop-loss" (parada de perda).

5) Ausência de metodologia: mudanças constantes na f orma de operar e dos indicadores utilizados.
 

6) Informações em excesso: o investidor procura ter conhecimento de todos os dados disponíveis, o que provoca muita confusão.

7) Viés de confirmação: com acesso a muitas informações, o investidor tende apenas a reconhecer as informações que estariam de acordo com seu posicionamento. Por exemplo, em posse de ação em forte tendência de baixa e que apresenta alto prejuízo, o investidor despreza novas notícias ruins sobre o papel, caso consiga encontrar pelo menos uma positiva.
 

8) Comprar na alta: atraído pela euforia do mercado, o investidor compra, quando a análise gráfica poderia alertar que a ação já estaria para entrar em momento de reversão, pois subiu demais no curto prazo.

9) Vender na baixa: apenas após consecutivas quedas, e contagiado pelo pânico, o investidor vende com grande prejuízo. Isso justamente no momento de uma reversão para uma alta, já que nessa hora acabam os vendedores.

10) Excesso de ganância: atraído pela ganância, o investidor assume maiores riscos em operações extremamente alavancadas como no mercado a termo e de opções, onde poderá perder tudo e até mesmo ficar extremamente endividado.

O investidor que deseja obter lucros significativos e constantes, com apenas pequenos prejuízos esporádicos, necessita de certo período de aprendizado (por meio de livros e cursos com professores certificados pelo CNPI). Precisa também definir sua metodologia, operar de acordo com apenas o que vê no gráfico e aplicar a máxima da análise técnica: maximizar o lucro e minimizar o prejuízo, localizando, sempre de acordo com a análise gráfica, os melhores pontos de entrada e saída.
 

Análise gráfica de ações, também conhecida como análise técnica, é uma ferramenta utilizada por investidores profissionais (conhecidos como "traders"), para o estudo do mercado de renda variável (como o de ações). Ela é definida como o estudo dos preços e de seus volumes.
 

O analista técnico baseia-se na premissa de que todas as informações estão representadas nos gráficos, na medida em que esses traduzem o comportamento do mercado (fundamentalistas, insiders, amadores etc). Ele avalia, a partir dos gráficos, a participação desses investidores, que influenciam na formação dos preços.
 

Além de identificar ações sobrecompradas (com preços muito elevados) e sobrevendidas (preços muito depreciados), ela nos fornece o "timing" (tempo) das operações, para efetuar uma ordem de compra e venda. Para isso, é preciso que quem esteja efetuando a análise tenha conhecimento suficiente para exercer tal atividade.
 

Contudo, apesar da existência de regras claras e objetivas, a aplicação de tal análise também envolve alto nível de experiência, adquirido com muito estudo e através de cursos. Nessas ocasiões, o aluno conseguirá absorver grande parte da experiência possuída pelo professor, que deverá ter CNPI, além de ter atuado em corretoras de valores.



Coluna - Palavra do Gestor
Valor Econômico - 05/04/2011

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