quinta-feira, 17 de março de 2011

China derruba preço do minério de ferro, que seguirá em baixa, diz Citi





SÃO PAULO - Nas últimas semanas, o preço da tonelada minério de ferro no mercado spot, ou à vista, caiu de US$ 192,00 para US$ 163,00, um recuo de 15%, como reflexo da pressão exercida pela diminuição do nível dos estoques nas siderúrgicas da China, além da aversão global ao risco.
Com isso, investidores do mercado de ações preferem, nesse momento, aguardar a cotação chegar ao "chão", ou o ponto mais baixo antes de voltar a subir, para aí sim optarem por um posicionamento junto ao setor, avalia Alexander Hacking, do Citigroup, que afirma que "os preços continuarão enfraquecidos no curto prazo".
Os valores dos contratos de referência para o segundo trimestre foram estabelecidos em US$ 178 por tonelada, consideravelmente acima do observado no momento,. Isso significa, na avaliação do analista, que o preço do contrato trimestral irão recuar no terceiro trimestre, a menos que haja uma recuperação da cotação no mercado spot até maio.


Estabilização em US$ 164,00?

O Citi prevê a tonelada do minério à vista cotada ao redor de US$ 164,00 neste ano, o que deve permanecer neste patamar em 2012, com preços mantidos no intervalo entre US$ 120,00 e US$ 200,00 pelos próximos dois anos.
Para tanto, a questão chave é a produção de aço na China, que se crescer 5% ao ano manterá a relação de oferta e demanda apertada, e os preços em alta, como consequência. Já estabilização do crescimento do setor siderúrgico deve trazer pressão para os preços do minério de ferro. Isso porque o principal consumidor da commodity é, justamente, a indústria de siderurgia.


Exportações decepcionaram

Acerca do Brasil, o analista destaca que as as 46 milhões de toneladas exportadas nos dois primeiros meses de 2011 decepcionaram, tendo crescido apenas 3% na comparação anual. No ano, o Citi projeta o que País exporte entre 320 e 330 milhões de toneladas.
Na outra ponta, a China registrou importação de 118 milhões de toneladas no mesmo período, representando crescimento de 22% na comparação com 2010. Porém, como a cotação do aço já alcançou seu pico, fica a sugestão de que talvez a demanda na ponta final não seja tão robusta como projetado anteriormente, com expansão da produção prevista em 4% neste ano, ou 650 milhões de toneladas.


InfoMoney

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