As bolsas européias ensaiam alta, enquanto os índices futuros americanos oscilam ainda sem
tendência, antes da divulgação de indicadores de emprego nos
Estados Unidos. Analistas esperam um aumento da criação de
postos de trabalho.
O petróleo e outras commodities sobem com o otimismo na
maior economia do mundo. Os protestos e distúrbios no Egito
prosseguem, enquanto investidores avaliam o risco de a crise se
espalhar para outros países do Oriente Médio.
Às 7h23, este era o desempenho dos principais índices:
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MSCI World +0,32% MSCI Asia Pacific +0,69%
Nikkei 225 +1,08% Shanghai SE Composite Feriado
CAC 40 +0,39% FTSE 100 +0,44%
S&P 500 Future +0,01% Nasdaq 100 Future +0,02%
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Hoje a coluna de renda fixa mostra que, enquanto a Turquia
reduziu seu juro básico a um nível inferior a 15 outros países,
a taxa Selic ainda é a quarta maior do mundo. Em 2006, Brasil e
Turquia tinham as maiores taxas básicas de juros entre todas as
economias acompanhadas pela Bloomberg. Hoje, a dupla se separou.
Internacional: Bolsas sobem com EUA, Egito afeta petróleo
As bolsas subiram na Ásia com aumento dos lucros de
empresas japonesas e sinalizam alta na Europa antes da
divulgação de dados que podem mostrar fortalecimento do mercado
de trabalho americano. Ações de siderúrgicas subiram em Tóquio
com o plano da Nippon Steel Corp. e Sumitomo Metal Industries
Ltd. de se unirem, criando a segunda maior empresa global do
setor. Os índices futuros oscilam em Nova York.
Economistas consultados pela Bloomberg esperam a criação de
146 mil postos de trabalho em janeiro na maior economia do
mundo, ante 103 mil em dezembro. Dado do Institute for Supply
Management mostrou ontem que o setor de serviços cresceu em
janeiro no ritmo mais rápido desde agosto de 2005.
O petróleo caminha para a segunda semana de ganhos com o
otimismo econômico nos EUA e também reagindo aos distúrbios no
Egito, que prosseguem nesta sexta-feira após o presidente Hosni
Mubarak ter se recusado a deixar o poder. O cobre e outras
commodities metálicas sobem em Londres.
O dólar sustenta os ganhos dos dois dias anteriores em
relação ao euro. Líderes da União Europeia terão reunião hoje
para discutir a crise da dívida na região. O dólar australiano
subiu ao maior nível em um mês após o banco central do país,
atingido por ciclones e enchentes recentemente, aumentar as
projeções de crescimento e inflação.
Os títulos do Tesouro americano estão praticamente estáveis
antes dos dados de emprego. Mais cedo, a diferença entre a meta
da taxa básica do banco central dos EUA e o juro do papel de 10
anos subiu ao maior nível em oito anos, com investidores
exigindo prêmio extra contra o risco de inflação.
Agenda do dia: Investidores aguardam números de emprego dos EUA
O dia do mercado estará concentrado em indicadores de
emprego dos Estados Unidos. Às 9h30, o presidente do Banco
Central Europeu, Jean-Claude Trichet, discursa em Frankfurt.
Líderes dos governos dos países membros da União Europeia se
reúnem em Munique.
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Indicador (horário) Período Expectativa Anterior
11h30 Taxa de desemprego EUA janeiro 9,5% 9,4%
11h30 Folha pagto. EUA janeiro 146 mil 103 mil
11h30 Folha pagto. privada EUA janeiro 145 mil 113 mil
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No calendário corporativo americano, Tyson Foods Inc. e AON
Corp. divulgam resultados. No Brasil, não está prevista a
divulgação de balanços que possam ter impacto nos mercados.
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Empresa Expectativa Anterior
TSN US (por ação) 0,616 0,42
AON US (por ação) 0,813 0,96
VOLVB SS (por ação) 1,942 -0,98
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Empresas em destaque: Panamericano, CSN, BR Brokers, Autometal
Banco Panamericano SA (BPNM4 BZ) vai divulgar seu balanço
do 3º trimestre de 2010 no próximo dia 15 de fevereiro, segundo
comunicado enviado ontem à Comissão de Valores Mobiliários.
Segundo o comunicado, a administração do banco está se
empenhando para identificar suas inconsistências contábeis.
Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3 BZ) fechou a
contratação de um empréstimo de R$ 2 bilhões com a Caixa
Econômica Federal. O financiamento terá prazo de 94 meses, de
acordo com comunicado enviado ontem à CVM.
Brasil Brokers Participações SA (BBRK3 BZ) levantou R$ 199
milhões com uma oferta primária de ações. A empresa fechou a
venda de 25,2 milhões de ações ordinárias, a R$ 7,90 cada,
segundo comunicado enviado ontem à CVM.
Autometal SA (AUTM3 BZ) levantou R$ 484,8 milhões em uma
oferta de ações primárias e de acionistas. A empresa vendeu cada
papel por R$ 14, abaixo da faixa que pretendia, entre R$ 17 e R$
21. Foram vendidas 31,5 milhões de ações primárias e 3,2 milhões
de papéis de acionistas, segundo comunicado enviado ontem à CVM.
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo SA
(ELPL4 BZ) disse que fechou um acordo com a Fundação Cesp que
permitirá que a empresa reverta R$ 86,9 milhões em suas
provisões referentes a processos judiciais trabalhistas. A
mudança será apresentada no balanço do período que termina em 31
de dezembro, segundo comunicado enviado ontem à CVM.
Fechamento de ontem: Ibovespa acompanha NY, Egito e juros
O Ibovespa encerrou próximo da estabilidade. O índice foi
derrubado durante boa parte da tarde por papéis ligados à
economia doméstica, diante do temor sobre a inflação e as
medidas do governo para contê-la.
Os dez papéis que mais derrubaram o Ibovespa no dia são
todos ligados ao mercado doméstico, entre eles Cielo SA,
BM&FBovespa SA, Lojas Americanas SA e Itaú Unibanco Holding SA.
Ibovespa: +0,11%, para 66.765 pontos
Dow Jones: +0,17%, para 12.062 pontos
Nasdaq: +0,16%, para 2.754 pontos
S&P 500: +0,24%, para 1.307 pontos
Juros: Os juros nos mercados futuros subiram na maioria dos
contratos com o receio de aceleração da inflação reforçando as
apostas de que o Banco Central terá de continuar promovendo
aperto monetário.
O salário mínimo deve ter um reajuste acima de 11 por cento
podendo chegar a 14 por cento em 2012, segundo Cândido
Vaccarezza, líder do governo na Câmara dos Deputados.
O BC decidiu limitar o capital imobilizado de consórcios
para assegurar que as empresas tenham dinheiro em caixa para
pagar compromissos de curto prazo.
O ativo permanente dos consórcios não pode ultrapassar o
patrimônio líquido ajustado, de acordo com um comunicado
publicado ontem pelo BC. As empresas vão ter até 2015 para se
adaptar gradualmente à nova regra.
Câmbio: O dólar teve a segunda alta seguida em relação ao
real com os receios de agravamento da crise no Egito contrapondo
a atratividade dos juros pagos pelos títulos brasileiros para o
capital estrangeiro.
Dólar: +0,05%, para R$ 1,6681
DI Janeiro 2012: +2 pontos-base, para 12,36%
DI Janeiro 2013: +5 pontos-base, para 12,82%
Por Josué Leonel e Felipe Frisch - Bloomberg
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